domingo, 19 de dezembro de 2010

Poema da Ida

Aquele ser estranho de repente foi embora, sem despedir
Nem ao menos olhou para trás, para nós não veio sorrir
E como num passe de mágica já não estava mais lá
Você olha e percebe então que lá, ele nunca mais estará



Deste modo me pergunto como pude ser tão tolo?
Estávamos todos sentados a mesa comendo bolo
E naquela tarde tão perfeita, simplesmente sumiu
Sem deixar vestígios ele nem mesmo em ficar insistiu



Gosta de cantar, de rir, de fazer-te rir, de encantar
Gosta de poder ler, escrever, interpretar e esclarecer
Anda se alegrando de maneira simplesmente, tentando alegrar
Olhou para cima e viu o futuro que encarou sem tremer



Não poderia sumir assim sem ao menos dar um tchau!
Fizeram sem pensar e hoje dele pensam muito mal
Não olhou para trás e continuou simplesmente a andar
Era uma menino que ninguém perdeu, não irá voltar



Menino não poderia ir embora, sinta-se indignado
Foi-se embora, mas a história não pode ter acabado
Ele nem olhava para trás como pode ser tão sem coração?
Não ligava para outros pois não quis nenhuma recordação



Simplesmente já não existe mais...
Sentirei falta do menino que me trouxe paz
Sendo assim, o tempo se fez, o tempo faz
E agora digo adeus a ele que um dia foi demais

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